Maduro ainda detém poderes sobre o exército nacional (na Venezuela).
A capital da Venezuela teve um início de dia diferente, tenso e incerto, os líderes da oposição ao regime de Nicolas Maduro fizeram o país acordar com um anúncio de um golpe de Estado, ao lado de um grupo de soldados e populares mas ao longo do dia não houve progresso na situação, que continua dominada pelo governo eleito.
As afirmacoes feitas pelo autoproclamado Presidente interino da Venezuela de que ao longo do dia tinha os militares do seu lado, nao foram confirmadas por nenhuma agências noticiosas presentes em Caracas, que confirmaram não terem detetado qualquer tomada de base militar pelos opositores ao regime de Nicolas Maduro.
No início da manhã de hoje, Juan Guaidó, fez uma transmissão vídeo para o país, anunciado que tinha os militares ao seu lado e que se encontrava na base militar La Carlota, nos arredores de Caracas.
Na verdade, o vídeo foi gravado num dos acessos à base militar, que continuava dominada por soldados fiéis a Nicolas Maduro, com os militares pró-Guaidó a serem impedidos de se aproximar da base militar.
O número de soldados que ao longo do dia acompanhou os líderes da oposição, Juan Guaidó e Leopoldo López, em Caracas, não terá excedido 40, embora não seja possível comprovar se noutras regiões do país haverá mais soldados contra o regime de Nicolas Maduro.
Não há notícia de qualquer deserção de altas patentes militares fiéis ao Presidente eleito.
Os militares que surgem ao lado de Guaidó estiveram sempre fortemente armados e identificados por fitas azuis para se protegerem de ataques de gás lacrimogéneo.
As agências noticiosas confirmaram disparos para o ar, do lado de soldados pró-Maduro e do lado de soldados pró-Guaidó, não sendo certo se chegou a haver tiros disparados diretamente para o lado inimigo.
Contudo, na sua conta da rede social Twitter, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, disse ter havido um coronel leal a Maduro que teria sido atingido por uma bala vinda dos soldados pró-Guaidó.
As agências noticiosas confirmaram ainda vários feridos, entre as pessoas que se manifestaram nas ruas, mas não confirmou a existência de qualquer morte.
Alguns utilizadores indicaram, ao longo do dia, que perderam o acesso a redes sociais (como o Twitter, o YouTube ou o Facebook), enquanto as comunicações telefónicas estiveram muitas vezes interrompidas.