Discurso do Presidente da CAARU – Confederação das Associações Angolanas no Reino Unido
DISCURSO DO PRESIDENTE DA CAARU CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES ANGOLANAS NO REINO UNIDO, JOSÉ GOMES (UTOLA), NA CERIMÓNIA DE CELEBRAÇÃO DOS 48º ANOS DA INDEPENDÊNCIA DA REPÚBLICA DE ANGOLA, NO REINO UNIDO
Excelência Embaixador da República de Angola no Reino Unido da Grã-Bretanha & Irlanda do Norte, General Geraldo Sachipengo Nunda,
Excelência, Cônsul Geral da República de Angola no Reino Unido da Grã-Bretanha & Irlanda do Norte, Dra. Luzia Dias Dos Santos,
Representantes da Missão Diplomatica Angolana no Reino Unido,
Estimados líderes do movimento associativo angolano, empresários, artistas, juventude angolana no Reino Unido, ilustres convidados, papás & mamás meus senhores e minhas senhoras.
Nos juntamos hoje, para celebrar um marco histórico, que redefiniu para sempre os destinos dos angolanos. Foi apartir deste acto, que os angolanos, passaram a ter um estado soberano e livre da dominiação colonial, podendo como consequência do mesmo (acto), cada angolano, ter um passaporte, uma bandeira e um hino nacional.
De 1975 para cá os angolanos passaram por várias etapas, sendo na nossa opinião, três delas as mais impactantes:
Primeiro o dia 11 de Novembro de 1975, data da Proclamação da nossa Independência,
Segundo, a realização das primeiras eleições em Angola em 1992, ano em que se emplentou-se o sistema politico multi-partidário,
Terceiro, o dia 4 de Abril de 2002, data em que deu-se o fim das hostilidades entre irmãos, acto que uniu para sempre irmãos que durante quase três decádas andaram desavindos mas que depois dessa data decidiram caminhar juntos, rumo ao desenvolvimento de uma nova página para Angola, sem conflictos armados mas sim uma página para discussão de idéias.
Sob o lema, UNIDOS PELO DESENVOLVIMENTO DE ANGOLA, a CAARU defende a discussão de ideias, a criação de várias plataformas, em vários formatos, que possibilitem a partilha de ideias productivas, positivas e progressistas.Uma inciclopédia, de ideias para soluções dos problemas desse tempo e para soluções dos desafios do futuro.
A diáspora deve estar atenta e informada, sobre às tranformações ocorrente no nosso país de origem, para que as nossas analises e opiniões estejam baseadas em factos. É verdade que a pandemia da Covid 19 influenciou negativamente na económica global, causando um forte declinio das receitas economicas, em quase todos os países do globo. O efeito das crises economicas, mesmo quando desatrosas, elas por outro lado, dispertam as sociedades, acabando por serem forçadas a optarem por outras soluções para garantir a sua sobrevivencia ou mesmo a sua auto-suficiência. O empacto da crise economica global no nosso caso especifico, alterou o foco da nossa dependência por receitas provenientes, unicamente, da produção do petroleo. E melhor tarde do que nunca, hoje existe um maior foco, na diversificação da economia e com um grande infase para o sector da agricultura.
Este impacto negativo, fez com que aumentasse o número de imigração de angolanos para o exterior do país. Temos vistos Angolanos a irem para Portugal e para outros pontos do globo, Portugueses a virem para o Reino Unido e para outros pontos do globo, Brasileiros a viajarem para o resto mundo etc e etc. O que significa, que a diapora Angolana tem estado a aumentar em varias partes do globo. Ora, isso não tem de necessariamente ser visto como algo negativo porque as pessoas precisam de sobreviver e Angola pode beneficiar com essa imigração. Em principio dos anos 2000 quando os brasileiros iniciaram a sua imigração em massa para a Europa, o então presidente do Brasil, havia dito o seguinte aos brasileiros que optaram por imigrar “Encontrem trabalho onde voces forem, nós iremos contruir as casas que vocès pretendem comprar”. Cinco ou dez anos depois muitos brazileiros, regressaram para o brazil porque, investiram parte das suas receitas adqueridas dos trabalhos no exterior, na constituição de empresas e hoje empregam no Brazil outros brasileiros.
Portanto a imigração tem os seus desafios, mas ela não é tão má como se advoga. Ela não pode ser vista como algo mau por quem está a imigrar e pelas nossas instituições. A pergunta que nos importa fazer é a seguinte, COMO É QUE ANGOLA PODE BENEFICIAR COM A IMIGRAÇÃO DOS ANGOLANOS?
Ora, os angolanos assim como os brasileiros, amam o seu país de origem, é têm um forte interesse em investir nele. Mas para que isso aconteça, nós CAARU, achamos que temos que pensar em conjunto, para melhor identificar o interesse comum dos grupos que optaram pela imigração, e o interesse do estado angolano para com os seus filhos que imigraram, e que o objectivo disso, seja para manter a ligação forte e positiva, entre quem reside na diaspora e sua terra de origem.
Gostavamos de deixar aqui algumas sugestões que podem potencializar essa forte ligação positiva:
- A Criação de mecanismos que possiblitam com que o Angolano que reside na diaspora, possa enviar remessas para o nosso páis com uma certa regularidade e assim criar boas relações com a nossa banca.
- Insentivar a criação de eventos promovidos por empresários ou mesmo por instituições do estado angolano, no sentido de espelhar aos angolanos, o potencial que existe no nosso país, para investimento, para compra de imoveis, indicando as politicas para as suas aquisições. No nosso entender, isso poderá encorajar, adultos e jovens angolanos que nasceram e cresceram no exterior a capacitarem-se, regressar e ajudar no desenvolvimento do pais no sectror que o atrai.
A CAARU está aberta para trabalhar com os interessados em promover o desenvolvimento do nosso país.
Para termianar, partilho convosco a seguinte reflexão “Devemos falar sobre soluções quando os problemas são apontados e nao falar sobre problemas sem a intenção de buscar soluções.”
José Gomes (Utola)
Presidente da CAARU